Viver começa no final da nossa Zona de Conforto

O título deste post é uma frase com que me identifico muito. Eu acredito que somos mesmo a nossa maior limitação, mas acredito que essa limitação reside mais na forma como nos vemos do que nas barreiras reais do mundo. É claro que o mundo é injusto e preconceituoso, mas é a forma de aceitarmos isso e não reagirmos que nos mantém às vezes na zona de conforto e nos impede de avançar rumo às coisas que queremos. 

Eu cresci com um modelo de família que me educou a pôr sempre em causa o que o mundo me diz ser norma e a não deixar que o que os outros querem e acham de mim defina aquilo que penso de mim mesma. É por isso que não me sinto limitada pela idade, pelo tamanho, pela profissão, pelas minhas paixões... e acabo por tentar continuamente descobrir novos gostos, novas facetas de mim mesma.

Já há alguns anos quando me senti particularmente acomodada na vida criei uma lista de 101 coisas a fazer em 1001 dias, algumas eram coisas difíceis, outras fáceis, desafiantes ou não. Muitos desses objectivos foram de facto realizados. Eu acredito que é mais confortável ficarmos quietinhos, mas também acredito que o desconforto é o que nos proporciona uma vida interessante cheia de ideias, pessoas e experiências novas. Uma vida em que de facto nos sentimos vivos!!

 Nos últimos tempos uma amiga minha embarcou numa jornada destas de abanar um bocadinho a vida e tem sido mais ela a empurrar-me a entrar neste processo de novo. Nos últimos tempos por andar concentrada em outras coisas acho que me esqueci um bocadinho de viver e  o início de 2017 foi horrível em muitas coisas. Agora que tudo parece estar a acalmar nas diversas áreas da minha vida, está na altura de apanhar boleia destes ares de mudança positiva e de fazer uma lista mais modesta de 5 coisas que quero tentar entre este ano e o próximo.

Assim 5 coisas que quero fazer nos próximos tempos:

1- Viajar:  Cabo Verde , Islândia, Sul da Alemanha, e um inter rail são todos possibilidades a pensar...

2- Andar de balão

3- Fazer escalada (vamos lá ver como me saio)

4- Workshop de dança burlesca com as raparigas (Este e o ponto anterior sou eu a incluir-me nos desejos dessa amiga)

5- Umas férias com os pais (ando a precisar de mimos).

As fotos... finalmente!

Antes de colocar as fotos quero realçar no papel importante que este género de coisas tem na minha aceitação pessoal.Quando no post anterior mostrei as minhas inseguranças nestas fotos não tinha como propósito denegrir o trabalho da fotógrafa, na realidade era um post sobre inseguranças e sobre o apoio que nos é dado pelas pessoas que nos rodeiam. quis falar nas inseguranças que todos temos e sem querer acabei por ofender a fotógrafa que coitada não tem culpa de eu estar pouco à vontade na sessão.

No fundo demorei algum tempo até me conseguir ver nestas fotografias e esse foi o principal entrave a que eu goste das mesmas. Não o trabalho da rapariga e não foi isso que quis mostrar, o post anterior foi apenas para mostrar como para as pessoas que nos amam estamos sempre bem e a culpa nunca é nossa, mesmo quando nós não conseguimos ter esse amor incondicional por nós mesmos.

Em relação à curvy models tenho recomendado a todas as minhas amigas não inteiramente magras que se candidatem para o casting deles, foi sem dúvida divertido... E hoje à distância de alguns dias escolhi algumas das minhas fotos preferidas para colocar aqui e mostrar de forma mais fiel o que foi aquela tarde de sábado.

Quero dizer também que este trabalho de aceitação de nós mesmos é uma coisa contínua, pode ser uma coisa de aspecto, como foi a minha primeira reacção a ver-me nestas fotos, mas é também o sentirmos que o nosso corpo não nos pertence como me acontece com os inúmeros problemas de saúde que me têm assolado e me causam dores contínuas. No fundo todos nós temos sempre algo que não é perfeito e  que nos custa a aceitar, mas também todos nós temos coisas boas para as quais às vezes temos de aprender a olhar de outra perspectiva.

Esta é a outra perspectiva de alguém a olhar para mim.

Quero agradecer à Curvy Models o ter-me proporcionado esta experiência, que foi sem dúvida um passo importante no meu caminho da auto aceitação sem limites e na forma como me sinto em relação a mim mesma.


As fotos: red is my favourite color...

As fotos: até pareço uma menina...

Esta foto sou eu:

As fotos: sou tão stylish...

As fotos sexy!