segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Momento WTF do dia " As gordas deviam sentir-se lisonjeadas por serem assediadas"


Hoje na Internet li uma das crónicas de que gosto particularmente "A vida de saltos Altos" e encontrei um comentário a um comentário absurdo dum juiz. No nosso país tem sido sobejamente falada aquela infeliz intervenção dum juiz que culpou a vítima pela situação de violência doméstica, não tratando desse tema esta crónica mostra também uma intervenção idiota dum juiz face uma situação de assédio sexual.


http://expresso.sapo.pt/blogues/bloguet_lifestyle/Avidadesaltosaltos/2017-10-30-Assedio-sexual-como-ela-era-gorda-sentiu-se-lisonjeada-diz-juiz

Ora a notícia retrata uma mulher gorda que foi assediada por um taxista e que em vez de ser defendida pela justiça, não foi levada a sério por ser gorda Isto é p preconceito no seu expoente máximo! O juiz respondeu à rapariga que por ela ser gorda se devia ter sentido lisonjeada, em vez de fazer o seu papel e condenar o agressor.

Isto é insultuoso a tantos níveis... Vale a pena ler, já que andamos nesta saga de juízes com ideias peregrinas destas.

Eu penso que todos nós nos devemos sentir sensíveis a essa situações mas a mim a história tocou-me particularmente porque uma vez me aconteceu algo semelhante. Há 4 anos tive um acidente de viação que causou um choque em cadeia, saí do acidente apenas dorida com a marca do cinto no peito, mas ilesa, a seguradora providenciou um táxi para me levar a casa. Durante o tempo em o taxista me conduziu a casa (comigo ainda a sentir-me muito abalada) aproveitou para me assediar apesar das minha insistência para que parasse o carro depois me convidar para tomar café e eu ter recusado por diversas vezes, o senhor ainda achou que seria boa ideia dizer-me que eu estava bem precisava só duma massagem no peito(????!!!).

O meu objectivo com isto não é vir para aqui denegrir os taxistas, afinal todos vimos a figura do taxista na televisão  no seu pior a dizer que as virgens se fizeram para serem violadas. Mas antes o transmitir a ideia de que não as mulheres não gostam de piropos, não gostam e ser assediadas, e que as gordas são mulheres como as outras, só com mais peso. 

Ou seja, como mulheres somos sempre mal interpretadas gordas ou magras  está na altura de o mundo entender que as gordas pensam como as magras, há coisa que gostam e de que não gostam e não, não nos sentimos lisonjeadas por olharem para nós.

Eu hoje por exemplo acordei gorda como em todos os outros dias e olhei para o espelho e pensei sou gira, tão gira, porque carga de água é que alguém há-de achar que as gordas são feias?
Entendo que as pessoas não concordem todas comigo (:P) mas isso não muda o facto de eu me sentir fenomenal independentemente do meu tamanho, nem o facto de o que quero ou deixo de querer não ser delimitado pelo meu peso. O eu ser gorda não afecta os meus gostos, na realidade no mundo de hoje acho que não deva limitar sequer as nossas ambições ou sonhos quaisquer que sejam. 

O mundo tem melhorado mas ainda está errado em tanta coisa. Sejamos felizes e trabalhemos no sentido de alterar todas estas mentalidades mesquinhas e erradas com que nos deparamos no dia a dia. O tempo para isso é Hoje!




Deixo aqui a foto duma das gordas que trabalha activamente para esta mudança de mentalidades. Rebel Wilson. <3


sábado, 28 de outubro de 2017

Não querendo parecer o Chagas Freitas...Falhar é super libertador!!

Já há algum tempo que não escrevia porque não tenho tido nem muito tempo nem nada verdadeiramente interessante para dizer.
 Hoje contudo passei a tarde com a minha irmã e estivemos a falar no impacto da sorte e do trabalho na vida e nos sucessos e fracassos que temos e vim para casa a pensar nisso.

Eu acredito que o trabalho e a sorte isolados não permitem que a pessoa obtenha grande sucesso, acredito que desde o momento que nascemos a maioria das coisas que condicionam o que somos não se deve às nossas grandes qualidades mas a obra do acaso, do Destino ou daquilo que entendam que deva ser.

 Esta semana li que é eficaz condicionar positivamente comportamentos positivos ainda que com efeitos negativos e que os efeitos positivos sem trabalho não deveriam ter este condicionamento.
A verdade é que vivemos numa sociedade que premeia os bons seja porque tiveram vantagens ou pelo esforço, premiamos o resultado e é raro o premiar-se e punir-se o processo.
Eu até há 6 ou 7 anos nunca tinha sentido verdadeiramente o fracasso em nada, e acredito que parte disso se tenha devido à fabulosa estrutura de apoio que sempre tive e que me fez ter uma vida privilegiada.

Ainda assim à medida que envelhecemos aprendemos que é impossível não falhar em alguma coisa.
Hoje a minha irmã dizia-me que a personalidade dela a faz dar a volta às situações difíceis, e que busca o que quer .Eu tenho neste sentido uma personalidade orientada por objectivos também, ainda que os meus objectivos sejam muito mais motivados pela felicidade que pelo sucesso.
Ainda assim não consigo deixar de achar que algumas das melhores coisas que me aconteceram na vida foram falhanços, quase todos os falhanços que tive me levaram a situações mais felizes para mim e me deram liberdade.

Acho que também é preciso aprender a falhar, a aceitar o falhanço e sobretudo a aceitarmo-nos a nós pós-falhanço e que eu só tarde descobri essa liberdade.

O aceitar o fracasso retira-lhe a importância, sinto-me capaz de avançar de novo sabendo que posso falhar outra vez e que me conseguirei mais uma vez reerguer.



p.s. Para as pessoas que possam ler este blogue por fins de cusquice (obrigada, qualquer razão que vos faça vir cá é válida e apreciada:D), mas isto não se prende a nenhuma situação concreta dos últimos tempos, apenas ao amadurecimento duma ideia que ao longo dos anos me tem acompanhado.

domingo, 1 de outubro de 2017

Imagem corporal e redes sociais

Hoje estava a ver vídeos do youtube quando me deparei com uma das minhas youtubers favoritas a falar de imagem corporal e das redes sociais- A rapariga Justine Leconte é um designer francesa que vive em Berlim e tem vídeos muito terra a terra e práticos em relação a assuntos de moda, mas fala também de coisas mais gerais como empreendedorismo, avaliar o tipo de corpo e as cores e hoje sobre a imagem corporal, a avaliação da imagem nas redes sociais, insegurança e auto-estima.

Este é um dos assuntos recorrentes neste blog, mais virado para os gordos mas que no fundo pode ser aplicado a todos nós - Humanos.

Deixo-vos apenas o resumo e o link do vídeo que vale a pena ver:

Resumo:

-Não vamos ser perfeitos e insultar as pessoas na fraqueza não é de modo nenhum valoroso e pode causar grandes problemas de auto-estima,
-A insegurança é uma coisa que todos nós temos,
-As redes sociais apesar de muitas coisas boas trazem-nos insegurança porque nos sujeitam constantemente ao escrutínio dos outros,
-A opinião que realmente conta é a nossa sobre nós e devemo-nos comparar e competir connosco mesmos, não com o que o mundo nos diz que devemos ser.


How happy I was if I could forget

  How happy I was if I could forget How happy I was if I could forget To remember how sad I am Would be an easy adversity But the recollecti...