sábado, 28 de outubro de 2017

Não querendo parecer o Chagas Freitas...Falhar é super libertador!!

Já há algum tempo que não escrevia porque não tenho tido nem muito tempo nem nada verdadeiramente interessante para dizer.
 Hoje contudo passei a tarde com a minha irmã e estivemos a falar no impacto da sorte e do trabalho na vida e nos sucessos e fracassos que temos e vim para casa a pensar nisso.

Eu acredito que o trabalho e a sorte isolados não permitem que a pessoa obtenha grande sucesso, acredito que desde o momento que nascemos a maioria das coisas que condicionam o que somos não se deve às nossas grandes qualidades mas a obra do acaso, do Destino ou daquilo que entendam que deva ser.

 Esta semana li que é eficaz condicionar positivamente comportamentos positivos ainda que com efeitos negativos e que os efeitos positivos sem trabalho não deveriam ter este condicionamento.
A verdade é que vivemos numa sociedade que premeia os bons seja porque tiveram vantagens ou pelo esforço, premiamos o resultado e é raro o premiar-se e punir-se o processo.
Eu até há 6 ou 7 anos nunca tinha sentido verdadeiramente o fracasso em nada, e acredito que parte disso se tenha devido à fabulosa estrutura de apoio que sempre tive e que me fez ter uma vida privilegiada.

Ainda assim à medida que envelhecemos aprendemos que é impossível não falhar em alguma coisa.
Hoje a minha irmã dizia-me que a personalidade dela a faz dar a volta às situações difíceis, e que busca o que quer .Eu tenho neste sentido uma personalidade orientada por objectivos também, ainda que os meus objectivos sejam muito mais motivados pela felicidade que pelo sucesso.
Ainda assim não consigo deixar de achar que algumas das melhores coisas que me aconteceram na vida foram falhanços, quase todos os falhanços que tive me levaram a situações mais felizes para mim e me deram liberdade.

Acho que também é preciso aprender a falhar, a aceitar o falhanço e sobretudo a aceitarmo-nos a nós pós-falhanço e que eu só tarde descobri essa liberdade.

O aceitar o fracasso retira-lhe a importância, sinto-me capaz de avançar de novo sabendo que posso falhar outra vez e que me conseguirei mais uma vez reerguer.



p.s. Para as pessoas que possam ler este blogue por fins de cusquice (obrigada, qualquer razão que vos faça vir cá é válida e apreciada:D), mas isto não se prende a nenhuma situação concreta dos últimos tempos, apenas ao amadurecimento duma ideia que ao longo dos anos me tem acompanhado.

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