quarta-feira, 11 de maio de 2016

Acerca das tabelas do IMC e da mortalidade

Há 10 anos fiz parte de um grupo que foi convidado a apresentar um trabalho realizado numa disciplina de sociologia que se chamava:
"O corpo - palco de mudanças sociais". Este foi realizado num grupo, o qual ironicamente não tinha como estranho as desordens alimentares. Talvez por termos uma visão pessoal sobre o tema esta recolha bibliografica realizada na licenciatura  numa unidade curricular normal foi um sucesso que nos levou até ao convite para que fosse apresentado num congresso.

O que eu aprendi com este trabalho? As nossas tabelas de IMC não estão estabelecidas segundo o que se considera mais saudável fisicamente, mas tendo em conta a aceitação social do peso. Há artigos sobre este tema que claramente comprovavam que ter um IMC entre 25 e 30 (o chamado sobrepeso) é na realidade o que fisicamente prolonga mais a vida e está associado a menos complicações.

Não estou de modo nenhum a desculpar-me, neste momento eu estou muito acima deste limite, estou no campo em que a obesidade tem consequências para a saúde. Ainda assim, durante muitos anos oscilei entre os 65 e os 80 kg e já nesta altura me tentavam fazer sentir muito desadequada fisicamente 

Li um artigo recentemente que diz exactamente o mesmo e dei comigo a pensar em todos os insultos que se proferem contra os gordinhos em nome da saúde que na realidade são vazios de cientificidade.

Em nome da ciência há aqui muito preconceito disfarçado.

Deixo aqui o artigo:

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