quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Jeitosos que gostam de gordas: Sim ou não?

Um dia destes a navegar pela net encontrei um artigo que fala sobre a forma como alguns homens atléticos apreciam gordas e o facto de isto dever ser irrelevante para o amor próprio das mesmas.

Eu concordo com a posição da autora mas a verdade é que uma das necessidades na pirâmide de 
Maslow é a apreciação dos outros, a necessidade de estima, se a estima é por um jeitoso ou não eu acredito que conta pouco, conta especialmente que se tenha a aprovação da pessoa de quem se gosta.

Eu muitas vezes gosto de pessoas que não são o meu estereótipo de beleza masculina, na realidade aparte do loiro nunca gostei/me apaixonei de ninguém que considerasse verdadeiramente bonito, por norma separo estas duas coisas, acabo por achar algumas pessoas bonitas mas o que me atrai é muito mais a personalidade, a confiança, a inteligência, a atenção... Uma série de pequenas coisas que fazem a pessoa ser como é...

Talvez por isso acredito que escolher uma pessoa pelo seu tamanho (sendo este pequeno ou grande) é muito redutor para tudo o que a pessoa é, deve escolher-se por inteiro, somos muito mais do que o nosso  peso. 

Ainda assim muitas vezes acho que as pessoas não conseguem ver para além disso. Eu e o loiro andamos em crise há algum tempo, por razões que muito pouco têm a ver com o meu aspecto, mas é sempre na nossa diferença de aspecto que as pessoas se focam. 

Há uns tempos num jantar de Natal uma rapariga que não me conhecia de lado nenhum, com quem eu não estava sequer a falar perguntou ao loiro:

-Gostas dela?

O loiro respondeu:

-Obviously yes!

Tendo depois ficado muito incomodado com esta situação porque achou que o estavam a pôr em causa. Eu acho que quem estava a ser posta em causa era eu, as pessoas acreditam que as mulheres têm de ser bonitas e que as gordas não podem ser bonitas o suficiente para que um homem se apaixone. Quanto a isto quero desmentir os dois pontos da questão:

-  Apaixonamo-nos por pessoas não pela beleza da pessoa e quando assim é não é amor, é outra coisa. -E sim! As gordas podem ser bonitas ou feias e muitas vezes depende da pessoa que observa mais do que do que do observado, pois embora exista um sentido de beleza biológico e inato, todos nós somos o resultado dessa biologia condicionada pelo meio com gostos em parte aprendidos pelas experiências que vivemos.

Eu sinto este preconceito em relação ao tamanho vindo sobretudo de mulheres, muito mais do que de homens. E aproveito para deixar aqui uma foto de uma das pessoas que considero lindíssima, com o marido o qual a adora e tendo ela tido sempre muita facilidade em que as pessoas de fora lhe reconhecessem essa beleza. Pasme-se!! É a minha irmã e não, não é magra, ao contrário de mim sempre teve excesso de peso mas nunca deixou que isso fosse um entrave à concretização de nenhum dos seus sonhos, e apesar de mais nova, nesta como em tantas outras coisas é o meu ídolo.









sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Violência doméstica e agressão sexual: concurso com representante nacional

Não é segredo que eu sou feminista por convicção. Não não sou anti homem, pelo contrário acredito que se fossemos todos feministas o mundo era um sítio melhor, para mim o feminismo faz sentido enquanto o mundo for desigual.

Neste momento e apesar de estar a mudar, as mulheres têm ainda um papel na sociedade que está longe de ser igual, quer a nível remuneratório, quer nas oportunidades mas sobretudo nas atitudes que a sociedade tem em relação às mulheres. Apesar da suposta sociedade evoluída em que vivemos ainda está enraizado na cultura que o homem deve ter um papel dominante. Eu aqui falo da regra, não da excepção.

Esta cultura transmite-se também nos casos de mortes por violência doméstica anuais, nas violações que muitas vezes são tratados como crimes menores, ou crimes em que se culpabiliza a vítima em vez de se culpabilizar o agressor. Eu sei que há casos de homens que sofrem de violência doméstica, a regra é contudo que as mulheres por serem mais fracas e sujeitas a esta mentalidade machista e patriarcal sejam as principais afectadas por este flagelo. É por isso pior quanto mais centrada no homem estiver o poder na sociedade e quanto mais machista for a organização do país.

Neste âmbito peço-vos que vejam o vídeo que se apresenta a seguir. Este é da autoria de uma amiga minha chamada Joana do Mar que ganhou o concurso nacional sobre o tema com o mesmo.

Este será também o vídeo que ela apresentará no parlamento Europeu no próximo Fevereiro, sendo parte da sua pontuação contada pela pontuação do júri e a outra parte pela popularidade do vídeo nas redes sociais ou seja, pelo número de visualizações. Por todas as razões e mais algumas apelo-vos a que vejam o vídeo e o divulguem pelos vossos contactos pedido o apoio a esta causa, esta é uma causa nobre e uma luta que deveria ser de todos nós: Erradicar a violência doméstica e a agressão sexual.

À Joana do Mar dou os meus parabéns, desejo as maiores felicidades e digo que me orgulho de ter sido sua Professora, afinal na maior parte das vezes sinto-me aluna perante a sua capacidade e sabedoria e feliz pela amizade que criámos.

https://www.youtube.com/watch?v=aoOzdxuthr0

domingo, 8 de janeiro de 2017

Novo projecto: perseguir os sonhos.

Como já tinha dito aqui comecei este ano a tentar fazer uma pausa/redução do meu tempo nas redes sociais. O facebook é uma ferramenta interessante de contacto e actualização (com alguns viés) mas também me roubava demasiado tempo e estava a interferir com as minhas relações próximas de uma forma negativa. Assim o balanço desta primeira semana de redução é muito positivo, tenho conseguido ter mais tempo para descansar, pensar e organizar projectos futuros.

Em relação ao blog, ainda não decidi se vou continuar ou parar não sei, por agora apeteceu-me escrever e por isso faço este post.

Em relação a projectos futuros, como já tinha dito este ano a minha vida profissional vai mudar radicalmente, uma vez que existe uma lei que me impedirá de ser contratada a tempo inteiro pela escola como aconteceu nos últimos 9 anos. Todos aqueles que me conhecem em contexto mais próximo sabem que foi para mim um sonho tornado realidade ir para lá trabalhar e que o meu empenho nos projectos em que me envolvo é sempre máximo.

Assim neste período começo a repensar o meu futuro e os meus sonhos, sou nova (com 32 anos na época actual é-se ainda considerado jovem) tenho ainda caminhos que estão a meio e que gostaria de terminar, mas vejo todo um mundo de possibilidades de áreas que sempre quis explorar pela frente. Eu sou de altos e baixos por isso um dia destes provavelmente vou sentir o oposto, mas hoje estou mesmo a ver isto apenas como uma mudança de direcção programada pelo destino. Algo novo vem aí e há tanto de entusiasmante como de assustador neste pensamento.

Em relação à minha "carreira literária" começarei a colaborar a título voluntário com uma revista que é também ela um projecto de início chama-se: Humanamente e deixo-vos aqui o link.
Este convite veio até mim através de uma antiga aluna a Adriana Costa e estou entusiasmada com esta participação.




Em relação a tudo o resto encontrei ontem umas palestras de um estudioso da psicologia positiva que diz que um dos maiores pressupostos para o sucesso futuro é a  felicidade racional. E é esse o caminho que sempre quis traçar para mim e no qual continuo. A apreciar o bom e a relativizar o mau.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Resoluções de Ano Novo: bye bye mundo virtual

Eu gosto imenso de fazer listas e resoluções, planos e tudo o mais de organização que possam imaginar. Converti esta obsessão pelo controlo num verdadeiro passatempo. 

Este Ano para contrariar esta tendência não fiz uma verdadeira lista de objectivos e resoluções, 2017 será para mim um Ano de mudanças esperadas mas não conhecidas e surpresas que espero serem positivas, terei certamente mais tempo para me dedicar a mim e às coisas que gosto. 

Ainda assim há uma mudança que é urgente fazer na minha vida, que implica algum esforço da minha parte e que já está na altura: passar menos tempo nas redes sociais.

Embora não seja uma grande utilizadora das outras redes sociais sou um bocadinho viciada no facebook e sendo que não encontrei um grupo de facebookianos anónimos (se calhar até há, não procurei) decidi antes afastar-me, comecei assim por não vir ao facebook no 1º do Ano (dizem que devemos começar as nossas mudanças logo no começo) e vou daqui para a frente ocupar-me mais com as minhas relações reais e menos com as virtuais. 

Já li que o Facebook tende a tornar-nos mais infelizes e embora eu não sinta muito isso porque sou mais propensa à felicidade pela felicidade alheia do que à inveja pela felicidade alheia vejo que se calhar me ocupa a mente em vez de me dar momentos de verdadeira distracção e repouso. Por isso decidi restringir o uso a menos tempo diário, e a menos dias no ano.

Posto isto, este é o Ano em que espero moderar a minha participação no mundo virtual, para ter tempo de viver a vida ainda mais intensamente, mas para mim e para os meus.

Em relação a este blog, ainda não me decidi em que direcção seguir... a todos os que me seguiram até aqui quero deixar um grande Bem-Haja, mas sinto que já esgotei um pouco tudo o que tinha a dizer neste tema, de modo que não sei se me manterei por aqui neste blog, ou se começarei outro com outro tema. O tempo costuma trazer respostas, só sei que tal como diz o título daquele livro da Susanna Tamaro "Vou onde me leva o coaração" (Já agora o livro é horrível, prestar presta mesmo só o título) nesse livro como neste blog a mensagem que espero que tenha ficado é: "Não julguem um livro pelo capa."




How happy I was if I could forget

  How happy I was if I could forget How happy I was if I could forget To remember how sad I am Would be an easy adversity But the recollecti...