terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Pessoas cão e Pessoas gato: relações

Segundo a teoria da atracção da Helen Fisher existem 4 circuitos cerebrais responsáveis pelo tipo de pessoa que somos e pelo tipo de pessoa por quem nos devemos sentir atraídos. É uma teoria interessante, comprovada com milhares de questionários e por isso uma verdade científica.

Ora o que vou escrever aqui hoje não se baseia em nada destes estudos científicos, embora os conheça e acredite piamente neles, na realidade é só uma opinião sobre este tema das relações razões de sucesso e de fracasso, debato este tema há longos anos com as pessoas que me rodeiam.

Eu acredito que algumas pessoas  nas relações têm características de gato e de cão.
Todos os amantes de animais acabam por preferir ou os gatos ou os cães, até podem gostar dos dois mas costumam ter uma inclinação.

 Ora as pessoas que gostam de gatos por norma são pessoas que gostam de conquistar, gostam de dar, são generosos por natureza e sentem que cuidar do outro lhes faz bem. Dão a atenção sem pedir muito em troca ...ficam contentes com pouca retribuição e a recompensa talvez seja atenção. Estas pessoas são como se fossem pessoas cão, ou seja,  pessoas que estão sempre felizes por ver o outro, disponíveis, são pessoas que tal como os cães que põem os interesses do dono à frente dos seus põem os interesses dos outros à frente dos seus.

Depois há o oposto as pessoas gato que são as pessoas que gostam de receber sobretudo, sem dar na mesma medida, mas que acabam por atrair as pessoas cão precisamente porque gostam de receber aquilo que as outras querem dar.

Esta é a receita para o fracasso e para uma relação tóxica e desequilibrada!

Já me deparei com muitas pessoas na vida que são mais do estilo cão ou mais do estilo gato, e apercebo-me que as pessoas gato têm dificuldade em dar generosamente enquanto as pessoas cão têm dificuldade de se pôr no lugar especial que é o centro das suas vidas, ambas acabam invariavelmente decepcionadas.

Alguns de nós podem em dada altura da vida identificar-se mais com um ou com o outro lado da questão, a vida  e as experiências mudam-nos.

Eu sempre fui mais do estilo pessoa cão, é algo que gostava de mudar em mim mas não consigo. Sou demasiado transparente e quando gosto, gosto! Esforço-me pelos outros mais do que devia, sobretudo em relações amorosas. Quando não gosto já me aconteceu ficar para não magoar o outro e acabarmos os dois mais magoados com o tempo.

Estou a tentar reeducar-me, então encontrei adoptei um cão, estou a tentar habituar-me a receber eu a atenção, a ser eu o centro do amor de um ser que não me exige muito em troca.
Não sei se isto está ou não ligado com a auto-estima, eu acho que tenho uma auto-estima saudável, ainda assim sinto-me sempre mais no caminho do dar do que do receber na mesma medida.

Está na altura de inverter tudo isto e procurar um maior equilíbrio na minha vida.




Sem comentários:

Enviar um comentário

How happy I was if I could forget

  How happy I was if I could forget How happy I was if I could forget To remember how sad I am Would be an easy adversity But the recollecti...