Os primeiros três meses do ano passaram e pela primeira vez em algum tempo estou a conseguir manter a resolução de ter uma alimentação mais cuidada e fazer exercício para sair da obesidade mórbida e voltar a ter um tamanho e peso mais saudáveis.
Eu sou uma "comedora emocional" e tinha planeado o meu 2020 para ser um ano mais calmo, depois de em Fevereiro o psicólogo me dizer que eu estava de novo mais equilibrada e que provavelmente tinha força para resolver este meu problema.
Entretanto veio esta pandemia e com devem imaginar não se perspectiva um ano livre de stress emocional e de grande equilíbrio mental. Tenho vivido há já duas semanas praticamente encerrada no meu quarto, onde tenho interrompido só para curtas idas ao supermercado uma vez por semana e para uma caminhada ocasional num parque quase deserto aqui ao perto de casa.
Tenho conseguido até agora portar-me bem, os meus 8kg perdidos nestes três meses, são a prova disso. Mas quero dizer neste post que não é tudo mérito meu. Em grande parte tenho sido apoiada pelas pessoas que me estão a seguir neste processo e sobretudo pela Joana Pacheco, que me está a incentivar a fazer mais exercício e que me fez um plano de treino adaptado que está a resultar em fazer-me ter uma vida mais activa.
Eu conheço a Joana quase há 10 anos, começou por ser estudante no curso onde eu leccionava, é há já alguns anos Técnica de Medicina Nuclear numa das instituições de Lisboa e teve ela própria uma jornada em que emagreceu cerca de 40 kg com reeducação alimentar e exercício. A Joana está a concluir a qualificação como personal trainer e tem como objectivo ajudar outros com grande excesso de peso nesta jornada. Como me está a ajudar a mim.
Eu devo dizer que não só pelo aspecto físico mas pelo emocional de ter alguém a ajudar-me que compreende as minhas limitações e dificuldades tendo eu um peso tão elevado, tem sido um apoio inestimável.
Eu já praticamente tinha desistido. Há uns anos andava a ser seguida na nutricionista com algum sucesso e saí porque apesar do meu sucesso ela me recomendou fazer cirurgia gástrica.
Eu tinha na altura 89 kg, ou seja menos 20 que agora. Eu sei que nada é tão eficaz como a cirurgia para pessoas que como eu têm complicações hormonais que potenciam a obesidade e fazê-lo sem esse apoio é uma tarefa difícil. Mas não me sinto com vontade de fazer algo que alterará o meu corpo de forma tão drástica. Nestes casos de pessoas como eu o mais importante às vezes para que tenhamos a força de continuar é encontrar pessoas que nos apoiem, que acreditem em nós e que nos dêem as ferramentas para que o possamos fazer com as limitações que temos. A Joana fez isso por mim e queria por isso prestar-lhe um grande agradecimento público.
O tempo dirá se vou conseguir atingir o meu objectivo de chegar aos 79 kg, e sair da obesidade. Por agora é o meu foco, e devagarinho com este apoio fantástico espero lá chegar.
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